segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser



Amar. Verbo difícil de ser conjugado. Difícil de aprender, mais difícil ainda ensinar. Mas precisamos dele e, assim, não temos como deixá-lo de lado. Apesar de ser difícil entender tudo que ele faz conosco. Noites perdidas, choros, soluços e uma porção de coisas que não conseguimos nem definir. Tudo parece tão bonito quando se ama e se é assim, por que não amar?

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O direito de ser infeliz



O homem contemporâneo contempla a sociedade como se esta tivesse chegado ao seu ápice. Contemplam o “Admirável Mundo Novo”, onde sentimos prazer o tempo inteiro, onde temos a liberdade de sermos senhores do nosso destino, onde não há limites. Entretanto, me sinto como o “selvagem” da história de Huxley, isto é, inadequado, como se esse mundo novo não tivesse nada de tão admirável.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Servidão voluntária: o olhar de Bauman e Huxley sobre a sociedade de consumo


Saramago já nos advertia que estamos cegos da razão. Talvez seja o nosso ego, sempre inflado e se achando o dono do pedaço. Talvez seja pela nossa incessante incapacidade para amar. Podemos dizer que essa cegueira se alastre em função da facilidade. É sempre mais fácil andar sem olhar para o lado. Sem olhar para nós mesmos. Sem olhar para o que somos ou nos tornamos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Que me perdoem as equilibradas, mas eu prefiro as loucas



Esse negócio de mulher racional, do tipo que marca hora para dizer eu te amo, que escolhe milimetricamente cada palavra, é para homem frouxo, que tem medo de ser amado. Que me perdoem as equilibradas, mas eu prefiro as “loucas”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A Era Descartável



"Vivemos tempos líquidos. Nada é feito para durar". A frase do sociólogo polonês Zygmunt Bauman resume com brilhantismo a vida do homem na pós-modernidade ou como ele mesmo prefere, modernidade líquida, posto que a fluidez das relações exige que estejamos em constante mudança.

Sendo assim, vivemos sob a égide da velocidade, ou seja, toda relação que se proponha a durar não possui espaço no mundo líquido. Em outras palavras, o sucesso está relacionado à capacidade de rotatividade nos relacionamentos, isto é, a capacidade de trocar de relacionamentos no menor espaço de tempo possível.

Essa característica do homem contemporâneo é o que determina o seu sucesso segundo Bauman. Para ele, o sucesso do “homo consumens” não se caracteriza pelo acúmulo de bens (sejam materiais ou humanos), mas pela maior capacidade em desfazer-se deles.
"É a rotatividade, não o volume de compras, que mede o sucesso na vida do homo consumens."
Posto isso, há de se considerar que a incapacidade em manter relações que apresentamos faz com que não consigamos acumular o menor volume de compras e, assim, transformamos a vida em uma grande rede descartável.

Como não consigo ter um relacionamento que me traga satisfação, tento preenchê-lo como inúmeros relacionamentos efêmeros. Esse vazio também é preenchido com bens materiais, entretanto, como o sucesso é medido pela rotatividade, faz-se necessário que troque constantemente de bens a fim de que mantenha o vazio “preenchido”.

Dessa forma, não existem laços que prendem as pessoas, de tal maneira que a todo tempo, pessoas se desfazem de pessoas, como se estas fossem tão importantes quanto um copo descartável. Aliás, uma pessoa e um copo descartável exercem a mesma função. Em um primeiro momento são úteis para atender uma necessidade imediata, mas logo em seguida, perde-se o valor e ambos são amassados e jogados fora.

Na era descartável, quanto maior for a capacidade de desfazer-se, maior é o sucesso do indivíduo. As relações humanas, assim, se caracterizam por uma imensa fragilidade, em que o valor dos relacionamentos está ligado a um prazo de validade.

Pessoas entram e saem da nossa vida sem que possamos, de fato, conhecê-las. Habituamo-nos a não criar laços, fincar raízes. Temos necessidade de relacionamentos que sejam levados pelo vento, pois só o tempo permite que criemos raízes, e estas parecem inadequadas aos nossos tempos.

Quanto maior a raiz, mais profundo um relacionamento torna-se e, por conseguinte, torna-se mais difícil arrancá-lo. Assim sendo, o valor que o outro nos atribui varia conforme a sua necessidade. Podemos ser essenciais em determinado momento, e noutro ser um estranho.

Esse intervalo entre ser essencial e ser um estranho vem diminuindo com o passar do tempo, uma vez que, como nada é feito para durar, nossas necessidades também mudam constantemente e, por conseguinte, deixamos de ter importância para o outro, pois essa importância é condicionada à necessidade que tínhamos.

O homem contemporâneo parece não gostar de raízes e busca relacionamentos baseados na facilidade de desconectar e jogar fora. Não passamos de meras mercadorias como qualquer outra, estamos ficando mais sozinhos e com relacionamentos frágeis. A era descartável é silenciosa e fugaz, quando menos esperamos, somos jogados fora, dado que nossa utilidade chegara ao fim.

Na modernidade líquida, a velocidade assume o controle e, portanto, não existe tempo para refletir, apenas fazemos e deixamos de fazer, somos importantes e deixamos de ser importantes, sem a menor capacidade de reflexão. A única capacidade que temos é a de desfazer-se e esta qualquer um pode ter.

Qualquer um pode ter, porque é fácil e a facilidade é uma jovem sedutora. Livrar-se do outro quando quiser é sempre mais fácil, o grande problema é que com o passar do tempo as opções vão diminuindo, até que todos sejam descartados e você esteja sozinho. Mas, talvez não haja tanta diferença, afinal em tempos líquidos ou descartáveis,

“Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo.”

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Uma Dor Chamada Angústia



Sabe de uma coisa, não sou super-herói, nem preciso ser. Sou humano, sou frágil e preciso de ajuda. Não sei de tudo e nunca saberei. Às vezes me canso e ando devagar. Preciso de um pouco de água, olhar o céu e recuperar o fôlego. Não sou do tipo que reclama, mas têm horas que não têm jeito. Parece que o chão vai desabar, procuro um apoio e não encontro. Sinto dor, a dor da angústia. Dor que me consome.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

É Preciso Sensibilidade Para Diferenciar Jiboias Engolindo Elefantes, De Chapéus


O que fazemos da nossa vida é o que nos define. Dessa forma devemos vivê-la de uma maneira que faça jus ao que somos. Acredito, inclusive, que quando fazemos o que gostamos deixamos um pouquinho de nós em cada ação, e assim, temos uma chance maior de sermos felizes. Entretanto, somos desencorajados a seguir os sonhos. Tratam, logo cedo, de nos puxar para baixo e fazer com que aprendamos a olhar o mundo com os olhos racionais. Essa lição é apresentada por Saint-Exupéry, quando conta que frustraram o seu sonho de ser um pintor.